sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reitor da UTAD visita o Pólo de Chaves: um bem-vindo caloroso flaviense aos caloiros dos 3 cursos superiores

O Magnífico Reitor da UTAD honrou o Pólo de Chaves com uma visita no passado dia 8 de Outubro. O motivo da deslocação foi a sua curiosidade em conhecer pessoalmente as novas instalações da UTAD, localizadas na Quinta dos Montalvões, em Outeiro Seco, e onde, desde há cinco anos tem vindo a funcionar a Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado.

A UTAD em Chaves tem oferecido cursos desde 1986, sendo que, no corrente ano académico, oferece cursos de licenciatura e de mestrado em Animação Sociocultural e uma licenciatura em Turismo. 

Após uma visita guiada pelas instalações, o Reitor dirigiu-se ao bar onde a TUCHA (tuna universitária do pólo de Chaves) actuou com alguns “clássicos” e novas interpretações de poemas conhecidos. Um último fado foi cantado por uma aluna da Escola Superior de Enfermagem. A seguir, a Directora desta Escola,  Isabel Seixas, o Delegado do Reitor do Pólo de Chaves, Américo Peres e o próprio Reitor da UTAD, Carlos Alberto Sequeira, discursaram. As suas mensagens foram positivas, carregadas de esperança perante este novo futuro “comum” e sublinharam a vontade, nitidamente presente em ambos os lados, de intensificar a colaboração interinstitucional entre as duas entidades de ensino superior; foi frisado, ainda, o papel da Câmara Municipal de Chaves neste empreendimento. Também foram dadas as boas vindas aos caloiros dos três cursos, insistindo no facto de que o funcionamento harmonioso deste pólo depende em muito destes recém-chegados. No fim, foi oferecido um lanche a todos os presentes.
Este novo e bonito edifício, projetado pelo arquiteto flaviense Marcos Teixeira, é propriedade da Associação Promotora do Ensino de Enfermagem em Chaves (APEEC), instituição sem fins lucrativos constituída pelas Câmaras Municipais do Alto Tâmega e Barroso e pelas Santas Casas da Misericórdia de Boticas, Chaves, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e ainda pela Santa Casa da Misericórdia de Cerva.

Autores do Artigo:
Veronika Joukes e Isabel Costa

Alunos em Turismo da Utad à descoberta da oferta turística (potencial) de Montalegre

Os laços de amizade e reconhecimento profissional entre a UTAD e Montalegre foram reforçados na passada 5ª feira, 14 de Outubro de 2010, quando os alunos do 2º ano da licenciatura em Turismo saíram do pólo em Chaves para o terreno com o objectivo de conhecer algo do potencial turístico de Montalegre. O grupo de 40 alunos incluía 3 alunas Erasmus da Itália e 3 da Polónia e foi acompanhado por 3 professoras. Foram calorosamente acolhidos pelo Director do Ecomuseu do Barroso, David Teixeira, e sua equipa. Especial atenção foi consagrada à loja do museu, que funciona em simultâneo também como posto de turismo e porta do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Conjuga-se assim, de forma mais eficiente, recursos humanos, instalações e sobretudo know how. O Ecomuseu, através de um espólio permanente e temporário (nesta altura as obras enviadas por ocasião do “Festival do castanho”), desperta/motiva os visitantes a saírem para os quatro lados do concelho para conhecer pessoalmente os hábitos da sua gente, a história, o património construído local, etc.
A caminho para Pitões das Júnias, David Teixeira sublinhou que já se vêem efeitos positivos desta luta de longa duração a favor do Ecomuseu (que implica a participação activa e voluntária da população local no projecto): no 1º ano de funcionamento, mais de 30.000 pessoas, ou seja, mais do que dez vezes a população de Montalegre (centro), entraram gratuitamente na sede “Padre Fontes”. Estas pessoas gastaram mais de 50.000 euros na loja do museu, comprando produtos locais, artesanato, livros, obras de arte, …). Mas também beneficiaram o comércio local, inclusive a restauração.
Dois técnicos, Zé Carlos e António Cascais, explicaram as características do PNPG à volta de Pitões das Júnias e mostraram o mosteiro de Santa Maria, rodeado por relvados, alegremente coloridos por “merendeiras”. As professoras responsáveis pela disciplina “Ecologia e Interpretação Ambiental”, Aurora Monzon e Simone Varandas, aproveitaram a oportunidade para falar em habitats prioritários, englobados na rede natura 2000 e na importância da manutenção das paisagens originais.
Igualmente no pólo do Ecomuseu em Salto, os objectos foram cuidadosamente escolhidos e expostos num edifício histórico lindamente recuperado. Aí a Salete foi outra funcionária que respondeu “do coração” a todas as perguntas que os alunos formularam.
O percurso terminou com uma visita às Minas da Borralha, as antigas minas de volfrâmio que o Município quer converter noutro pólo do Ecomuseu. Conforme a docente da disciplina “Recursos e produtos turísticos”, Veronique Lapa, esta mina abandonada é um exemplo, por excelência, de um recurso que implora para ser convertido num produto turístico sustentado de qualidade. Foi Mário Mendes, um antigo “mineiro”, que partilhou parte da sua vida vivida num lugar onde, nos anos 50, trabalhavam perto de 1.600 pessoas. Estas construíam casas nos terrenos que pertenciam à empresa que explorava as minas, podiam enviar os seus filhos do infantário até à escola profissional in loco e, aos fins-de-semana, tinham direito a ir ao cinema. Mais uma vez, a mensagem aqui passada foi de esperança: vale a pena apostar no desenvolvimento local numa vertente turística, conhecendo, valorizando e explorando os recursos existentes.

Autores do Artigo:
Veronique Lapa, Aurora Monzon e Simone Varandas